Em 1980 um golpe militar impediu o aumento de poder do (AKP) Partido do Desenvolvimento e Justiça de origem islâmica. Os militares garantiram uma Constituição laica na Turkia. Ontem dia 12 de setembro de 2010, um plebiscito mostrou que 58% dos eleitores aprovam mudaças na Constituição que reforma o judiciário e restringe o poder dos militares. O comparecimento às urnas foi de 78% dos eleitores segundo o Primeiro Ministro Tayyip Erdogan.
Barack Obama, Presidente dos Estados Unidos, assim como a Comunidade Européia, parabenizam pelo resultado. A Europa anteriormente acusava o governo de Edorgan de não promover um debate maior na discussão deste assunto com o propósito de fazer reformas no judiciário.
A laicidade do Estado foi eliminada através de um processo democrático. Isto poderá abrir as portas para sua entrada na Comunidade Européia. Por outro lado, promove a islamização do país, dando um tiro no pé em suas pretenções de se unir a europeus mais oposicionistas ao regime islâmico.
Esta medida também reacende a polêmica entre os curdos que tentaram boicotar o plebiscito. A polarização deste referendum reflete uma ruptura no campo político. O aumento de uma classe média muçulmana, que é a espinha dorsal do AKP, tem desafiado a eleite secular que tradicinalmente detinha o poder desde acensão de Mustafa Kamal Ataturk em 1923.
"Não se trata de uma batalha entre o islamismo x secularismo e sim entre reformismo e os que defendem seus privilégios". Disse Ibrain Kalin, assessor do Primeiro Ministro Erdogan.
Fonte Al Jazeera.